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A majestosa basílica de Sant'Antonio di Padova

  • gabriela3852
  • 6 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de set. de 2021

Santo Antonio nasceu em Lisboa no ano de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando.


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Pregou em muitos países como África e França, mas no ano de 1221 conheceu São Francisco de Assis na Itália, o que acabou por consolidar a sua preferência pela Ordem Franciscana. Nos anos subsequentes, Santo Antonio se tornou conhecido não apenas como hábil pregador, mas também como intelectual, pois foi professor de teologia na Universidade de Bologna. Já em Pádua, produziu a famosa Quaresima del 1231, que é considerado o seu grande trabalho espiritual.


Com a saúde fragilizada após o intenso trabalho da Páscoa, se retirou para o interior. Durante o que vem a ser seus últimos dias, Jesus apareceu para Santo Antonio na forma de um menino. No dia 13 de junho de 1231, não pode mais resistir à sua doença e faleceu. Foi sepultado na Chiesa di Santa Maria Mater Domini, local que foi o seu refúgio espiritual em Pádua. Apenas onze meses após a sua morte, Papa Gregorio IX ratifica a sua canonização e a Basílica começa a ser construída. Eu não estive em todas as Basílicas da Itália, mas conheço boa parte e posso afirmar com certo grau de segurança que é uma das mais emocionantes.


Seus restos mortais estão colocados em uma urna de mármore, onde os fiéis – até hoje – podem ver, tocar, pedir suas bençãos e agradecer. Em quatro ocasiões a urna foi aberta e as Relíquias foram removidas, estando atualmente em exposição dentro da Basílica. Para mim, a relíquia que mais de destaca é a sua túnica, que foi cuidadosamente colocada em uma estrutura de vidro. É impressionante o seu estado de preservação, e pensar que a túnica que vestiu Santo Antonio no começo do Séc. XIII está ali, na tua frente!


A tumba e a as Relíquias atraem milhares de fiéis, incluindo esta que vos fala. A minha primeira visitar à Basílica foi em um domingo de manhã, durante a missa, quando vi pessoas de todos os lugares do mundo. Me lembro de ver um padre andado de joelhos ao redor do altar principal, com uma bandeira da Guatemala nos ombros. Vi um grupo de mexicanos sentados, imóveis, assistido a missa como que incrédulos. Vi muitas senhoras italianas usando lenços e secando as lágrimas ao lado da tumba de Santo Antonio. A energia do local durante os cantos fez com que todos se juntassem aos mexicanos e ficarem ali, imóveis, incrédulos, emocionados.


É proibido tirar fotos e filmar dentro da Basílica, e eu resisti a tentação, mas confesso que na minha segunda visita durante a semana (e sem missa) eu sucumbi ao pecado da fotografia. A construção do complexo foi concluída apenas em 1310. Considerando que muitos artistas participaram, o estilo é complexo e não definido, mas predominam os traços românticos e góticos. O teto das abóbodas é pintado em um azul anil e decorado com milhares de estrelas douradas.


É impossível descrever à altura, o melhor que eu posso fazer é indicar o site da Basílica, não apenas pelas fotos, mas pelas informações do complexo (https://www.santantonio.org/it ).


Recomendo também o site do Mensageiro de Santo Antonio (https://messaggerosantantonio.it/) que é uma espécie de periódico mensal, que inclui inclusive uma revista digital que pode ser vista na íntegra.


É uma visita única, dessas que a gente sabe que vai ser boa, mas que acaba excedendo as expectativas.

 
 
 

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